domingo, 18 de agosto de 2013
terça-feira, 4 de junho de 2013
Crônica
fome e nordeste
A
fome é um dos grandes problemas mundiais, cada dia pessoas morrem de
fome, crianças, jovens, adultos todos tem suas vidas ceifadas devido
a falta do alimento. Observamos isto não longe daqui ,em nosso país,
muitas pessoas sofrem com a falta de comida, exemplo disto o povo da
região nordeste, vivem sem ter direito o que comer e beber, plantam
e criam gado para servir de alimento mais do solo seco não brota nem
o capim para alimenta os animais e a também a falta de água.
Esta
situação do nordeste é retratada na obra de Ariano Suassuna em que
o sertanejo vive uma vida difícil e muito penosa, como um dos
personagem joão grilo que para escapar da fome vive das espertezas e
enganos , até na parte em que morre e consegue com a ajuda de Nossa Senhora Aparecida retorna para o mundo dos vivos , esta obra só traz
a tona de forma engraçada o cotidiano do povo nordestino
aparentemente tentando amenizar o sofrimento trazido pela fome e
esbofeteando com uma certa ironia os governantes do país , que
fingem ajudar o povo do sertão com gorjetas em formas de auxílios
governamentais só para nas eleições terem de novo o voto do povo
sofrido do sertão brasileiro.
sábado, 27 de abril de 2013
quarta-feira, 17 de abril de 2013
A obra escolhida:
Auto da Compadecida
Suassuna tem como objeto de análise a estrutura e as relações interpessoais da sociedade, esta inv estigação possui um
caráter crítico e moralizador, onde é mostrada, de forma descontraída, porém
contundente, as características positivas e negativas da sociedade, e a condição
falível do homem. Os personagens da trama são distribuídos de forma genérica,
não há preponderância da individualidade, mas sim uma visão alegórica,
simbolista, icônica e total dos estereótipos apresentados, Por ex: O Padre e o
Bispo representam o clero, a classe dominante em uma sociedade pobre e
ignorante, representam também a opulência e a ostentação da Igreja Católica, O
padeiro e sua esposa: a burguesia que exploram seus empregados sem nenhuma compaixão
e mantém relação direta com a Igreja, e João
Grilo e Chicó: os pobres,
miseráveis, desprovidos de instrução e a margem da sociedade, porém sobrevivem da astúcia e da luta do dia a dia,
com muito suor e muitas privações
A essência reformista e
moralizadora da Peça toma sua forma mais aguda no último Ato, onde todos os
personagens estão prestes a ser julgados por seus pecados em vida, após serem
assassinados por Severino de Aracaju e por seu cangaceiro. Um tribunal fictício
composto por Manuel (Jesus) o Juiz, o Diabo: acusador, e promotor, e a Compadecida
(mãe de Jesus): a advogada de defesa. Neste ínterim é esmiuçada e julgada a
maioria das ações praticada em vida, por todos, sem distinção de raça, cor,
posição social, ou condição financeira, ali, todos são iguais, não há espaço
para convenções terrenas, bajulações ou mentiras, apenas a verdade.
O
autor busca um resgate da condição ética e moral do ser humano, da bondade e da
benevolência, este apelo fica evidenciado nas atitudes derradeiras de cada
personagem frente à morte, onde conseguem atingir, cada um, graus de nobreza
antes esquecidos: o desprendimento das coisas materiais, o perdão e o
arrependimento sincero, como por ex: O padeiro traído exime sua esposa de seus
erros, ou o padre e bispo que mesmo na hora da morte, dão a bênção ao seu
algoz. Tudo isso leva os espectadores ou leitores a um profundo estado de auto-análise
e de reflexão, encontrando-se muitas vezes nos divertidos e emblemáticos
personagens do cenário lúdico e nordestino de Ariano Suassuna.
ALGUNS RESUMOS E
SINOPSES DE OBRAS DE ARIANO SUASSUNA
Uma Mulher Vestida de Sol
Uma
Mulher Vestida de Sol foi a primeira grande tragédia produzida no Nordeste.
Escrita para um concurso promovido pelo Teatro do Estudante de Pernambuco, em
1947, e classificada em primeiro lugar, deu início também à carreira de autor
teatral de Ariano Suassuna. Segundo Suassuna, a obra era, ainda, sua primeira
tentativa de recriar o romanceiro popular nordestino.
Os homens de barro
Escrita
originalmente entre 1948 e 1949, Os homens de barro, de Ariano Suassuana, ganha
nova edição caprichada. Passada no conjunto de lajedos da Pedra do Reino, a
história fala de um grupo de homens que decidem esculpir um Anjo, após sua
suposta aparição para um deles. Para tanto, organizam-se de forma comunitária,
provocando a desconfiança e hostilidade dos fazendeiros locais. Mais uma vez de
forma magistral, Suassuna usa sua arte para abordar importantes questões
sociais. A edição traz ilustrações de Zélia Suassuna.
O
casamento suspeitoso
É
uma comédia de costumes. Trata do tema casamento por dinheiro. A ação se passa
na casa da matriarca de uma família, dona Guida. Travestimentos, cenas de
pancadaria e sátira aos membros da igreja e da justiça compõem esta peça.
Cancão (figura tomada emprestada do bumba-meu-boi) é o empregado esperto e
também faz lembrar alguns personagens das comédias de Molière (autor de
comédias, francês). O velho golpe do baú é o fio condutor da trama, cujo enredo
flerta com a literatura de cordel e os folguedos populares do Nordeste. E todo
golpe do gênero tem que começar, é claro, com um casamento. O enlace será entre
Geraldo e Lúcia. Ele é o único filho de uma família rica da cidade, e está
prestes a receber uma gorda herança familiar. Mas a mãe do rapaz, Dona Guida,
desconfia da índole da moça e faz tudo para acabar com o casamento.
Tortura
de um coração
É
uma miniatura mágica e engraçada de todos os códigos da nossa sociedade: a
vaidade social, o medo da solidão, a ganância, o preconceito, a covardia que se
reveste de falsa valentia, a esperteza vencendo a força - enfim: o homem e suas
paixões.
O
rico avarento
Ambientada
no sertão nordestino, conta a história de um Coronel, rico e avarento, e
Tirateima, um rapaz humilde que, por falta deemprego, aceita ser o mestre sala
do Coronel. Dia após dia, Tirateima vai conhecendo o caráter avarento de seu
patrão, o qual nega esmola e comida para os pobres e mendigos que vão até sua
casa. Até que um dia, o rico avarento recebe uma visita inusitada: O chefe do
inferno e seus “cães” vêm buscá-lo pelo seus pecados e diz que todos os
mendigos que foram pedir comida na casa dele era ele testando-o, os cães o
levam pra o fogo do inferno e quando tirateima chega lá encontra o chefe e seus
cães, querendo leva-lo também para o inferno.Mas ele, com sua inteligência de
nordestino, acaba com eles e se livra de ir para o inferno e o coronel vai
parar entre o céu e o inferno, no purgatório. Os cães voltam para buscá-lo, mas
são impedidos por Nossa Senhora, que dá mais uma oportunidade para o coronel,
que ao voltar a terra está mais avarento que nunca.
O santo e a porca
Esta comédia em três atos, escrita em 1957, traz todas as características do Movimento Armorial, criado por Suassuna. Aproximando-se da literatura de cordel e dos folguedos populares do nordeste, narra a história de Euricão Árabe, um velho avarento devoto de santo Antônio que esconde em sua casa uma porca cheia de dinheiro.
Esta comédia em três atos, escrita em 1957, traz todas as características do Movimento Armorial, criado por Suassuna. Aproximando-se da literatura de cordel e dos folguedos populares do nordeste, narra a história de Euricão Árabe, um velho avarento devoto de santo Antônio que esconde em sua casa uma porca cheia de dinheiro.
A
Pena e a Lei
"A Pena e A Lei" é uma
súmula do teatro. Síntese de fontes populares e de exigente inspiração erudita,
Commedia dell'Arte e autor sacramental, sátira de costumes e arguta mensagem teológica,
divertimento nordestino e proposição de alcance genérico, herança de valores
tradicionais e saída para uma vigorosa dramaturgia coletiva, histórica concreta
e vôo para regiões abstratas, mamulengo e metafísico.
A Farsa
da boa Preguiça
A
peça, indicada para todas as idades, inclusive jovens e adolescentes, narra a
história de Joaquim Simão, poeta de cordel, pobre e "preguiçoso", que
só pensa em dormir. Joaquim é casado com Nevinha, mulher religiosa e dedicada
ao marido e aos filhos. O casal mais rico da cidade, Aderaldo Catacão e
Clarabela, possui um relacionamento aberto. Aderaldo é apaixonado por Nevinha e
Clarabela quer conquistar Joaquim Simão. Três demônios fazem de tudo para que o
pobre casal se renda a tentação e caia no pecado, enquanto dois santos tentam
intervir. Jesus observa e avalia tudo. A partir daí, situações inusitadas e
muito divertidas fazem deste texto uma das peças mais divertidas do teatro
brasileiro.
As Conchambranças de Quaderna
A peça As
Conchambranças de Quaderna representa uma espécie de exceção do ponto
de vista dos procedimentos criativos de Suassuna. Isto porque o autor, para
escrevê-la, partiu de dois textos em prosa, dois capítulos da trilogia acima
referida que chegaram a ser publicados na “Seleta em prosa e verso de Ariano
Suassuna”, organizada por Silviano Santiago, em 1974 – “O caso do
coletor assassinado” e “O casamento” (cujo ato correspondente, na
peça, recebe o título de “Casamento com cigano pelo meio”). Os textos
serviram de base para os dois primeiros atos. A esses dois, Suassuna
acrescentou um terceiro, adaptado de “A Caseira e a Catarina”, peça
que, por sua vez, foi baseada em uma história real, divulgada através de uma
curiosa notícia de jornal, e que dava conta da queixa que certa mulher prestara
às autoridades contra o diabo, por este não ter cumprido a promessa de levar
seu marido para o inferno.Conchambrança é uma corruptela de conchamblança, que
significa conchavo, ajuste, combinação. Segundo o autor, foi na forma de
conchambrança que ele ouviu a palavra pela primeira vez, no sertão da Paraíba.
Forma que se ajusta perfeitamente ao universo da peça, uma vez que o
protagonista, Pedro Quaderna, traz a público algumas de suas lembranças,
contando-nos três imbróglios em que tomou parte e nos quis teve de fazer uma
série de conchavos para resolver as situações a contento, tirando proveito, no
final, de tudo e de todos. Cada um dos três atos, portanto, funciona como uma
pequena peça independente, e é Quaderna, o narrador, quem costura os episódios
entre si, proporcionando a unidade da peça maior.
A História de amor Fernando e Isaura
"A História do Amor de Fernando e Isaura" é uma paixão proibida. Um amor tão verdadeiro e intenso que, impedido de ser vivenciado em toda a sua plenitude, encaminha-se para um trágico desfecho. Até hoje o único romance do autor que não se passa na Paraíba e, além disso, ao contrário do que parece em toda a sua obra, o Sertão encontra-se praticamente ausente da narrativa: seu cenário é Alagoas, com grande parte das ações decorrendo nas proximidades do mar.
Romance d´A Pedra do Reino e o Príncipe do
Sangue do Vai-e-Volta
A pedra do reino é
apresentado como um romance autobiográfico narrado por Dom Pedro Dinis
Ferreira-Quadrena, o auto-proclamado Rei do Quinto Império e do Quinto Naipe,
Profeta da Igreja Católico-Serteneja e pretendente ao trono do Império do
Brasil . Quaderna, obcecado em criar uma versão essencialmente nordestina para
o livro Compêndio narrativo do peregrino da América Latina , de Nuno Marques
Pereira, se descreve como descendente dos verdadeiros reis brasileiros - que
nenhuma relação têm com aqueles imperadores estrangeirados e falsificados da
Casa de Bragança . Seus antepassados são, na verdade, os legítimos reis
castanhos e cabras da Pedra do Reino do Sertão, que fundaram a sagrada Coroa do
Brasil. As desventuras de Quaderna e a trágica história de sua família na
cidade de São José do Belmonte, no interior de Pernambuco, funcionam como o
ponto de partida para Suassuna promover suas misturas perfeitas - o rico com o
pobre, a arte com o cotidiano, a ingenuidade com a malícia, a realidade com a
fantasia, a odisséia com a sátira, a Europa com o sertão.
Obras de Ariano Suassuna
- Uma mulher vestida de Sol, (1947);
- Cantam as harpas de Sião ou
O desertor de Princesa, (1948);
- Os homens de barro, (1949);
- Auto de João da Cruz, (1950);
- Torturas de um coração, (1951);
- O arco desolado, (1952);
- O castigo da soberba, (1953);
- O Rico Avarento, (1954);
- Auto da Compadecida, (1955);
- O casamento suspeitoso, (1957);
- O santo e a porca, (1957);
- O homem da vaca e o poder da
fortuna,
(1958);
- A pena e a lei, (1959);
- Farsa da boa preguiça, (1960);
- A Caseira e a Catarina, (1962);
- As conchambranças de
Quaderna,
(1987);
- Fernando e Isaura, (1956) “inédito até
1994".
Romance
- A História de amor de
Fernando e Isaura, (1956);
- O Romance d'A Pedra do
Reino e o Príncipe do Sangue do Vai e Volta, (1971);
- História d'O Rei Degolado
nas caatingas do sertão /Ao sol da Onça Caetana, (1976)
Poesia
- O pasto incendiado, (1945-1970);
- Ode, (1955);
- Sonetos com mote alheio, (1980);
- Sonetos de Albano Cervonegro, (1985);
- Poemas (antologia), (1999).
terça-feira, 16 de abril de 2013
quinta-feira, 11 de abril de 2013
O Auto da Compadecida, uma das obras de Ariano Suassuna, o seu Magnum opus.
Livro e peça teatral que relata o nordeste e traz a tradição do cordel, uma mistura de cultura popular e tradição religiosa.Adaptada para o cinema e televisão por trazer uma história de dois amigos atrapalhados que envolvem toda uma cidade em suas armações.
Personagens como chicó, João grilo, Padre João,dora a esposa do padeiro, Nossa Senhora o Bispo e muitos outros que participam brilhantemente dessa maravilhosa adaptação, o Cabo Setenta, Rosinha e Vicentão, não fazem parte da peça original e sim de A Inconveniência de Ter Coragem também de Ariano Suassuna.
Essa é a nossa principal obra, pois iremo falar muito sobre a vida de Ariano Suassuna, mas O Auto da Compadecida é a obra escolhida para atuarmos nesse blog, nos vemos novamente e com muita informação para vocês de deleitarem e se divertirem muito.
quarta-feira, 10 de abril de 2013
Citações de um grande gênio da literatura brasileira
"Não troco o meu "oxente" pelo "ok" de ninguém! "
Ariano Suassuna
"Tenho duas armas para lutar contra o desespero, a tristeza e até a
morte:
o riso a cavalo e o galope do sonho
É com isso que enfrento essa dura e fascinante tarefa de viver."
É com isso que enfrento essa dura e fascinante tarefa de viver."
Ariano Suassuna
Ariano Suassuna
Ariano Vilar Suassuna, advogado, professor, teatrólogo e romancista, desde 1990 ocupa a cadeira número 32 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é Araújo Porto Alegre, o Barão de Santo Ângelo (1806-1879).Filho de João Suassuna e de Rita de Cássia Villar, Ariano estava com um pouco mais de três anos quando seu pai, que havia governado o Estado no período de 1924 a 1928, foi assassinado no Rio de Janeiro, em conseqüência da luta política às vésperas da Revolução de 1930.
No mesmo ano, sua mãe se transferiu com os nove filhos para Taperoá, onde Ariano Suassuna fez os estudos primários. No sertão paraibano Ariano se familiarizou com os temas e as formas de expressão que mais tarde vieram a povoar a sua obra.
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